BARRA DE GRAMAME, UM PARAISO ABANDONADO.

BARRA DE GRAMAME, UM PARAISO ABANDONADO.

Um recanto bonito, atraente, com areia clara e águas mornas, duas opções de banho, de rio ou de mar, já que ali desagua o Rio Gramame nome dado ao paraíso que muda de acordo com a maré ora calma  outras agitadas. Assim é Barra de Gramame, localizada no município de Joao Pessoa, mas afastada da área urbana.

Em Barra de Gramame existem muitas casas de veraneio, uma vila de pescadores nativos da região e alguns bares que mantém em seu cardápio o carro chefe “Guaiamum”.

Esse pequeno crustáceo que nas mãos de experts da cozinha se tornam deliciosos pratos e tira gosto que acompanhados de pirão saciam a fome dos visitantes, podem ser cevados em cativeiro que os diferenciam dos parecidos caranguejos que não sobrevivem fora do seu habitat..

O acesso a Barra de Gramame se dá através da PB 008 e para ter acesso à praia o motorista tem percorrer uma estrada de barro e sinuosa o que requer cuidado e atenção redobrada.

Até pouco os turistas contavam apenas com poucas barracas como opção de lazer, atualmente esse número é bem maior embora a infraestrutura ainda seja precária. O local por ser um encontro do Rio com mar torna-se perigoso e mesmo com apoio do Corpo de Bombeiros que nos fins de semana colocam os guarda vidas de plantão, a área não conta com nenhum alerta de risco aos banhistas e vários registros de afogamento já foram constatados.

O proprietário de uma das barracas mantém um guaiamum de estimação em um aquário. O crustáceo é bem maior que os demais e virou atrativo do bar, além de “caixinha extra” já que tem uma placa pedindo que o ajudem.

 

“Gramame”  mesmo sendo um paraíso tem que conviver com erosão e lixo

A Erosão e o lixo é um dos grandes problemas que se consta em Barra de Gramame pois em período de alta de maré as águas invadem grande parte das barracas ali existentes. Os visitantes e turistas não contam com coletores e muitos que ainda não tem a consciência e preservação do meio ambiente largam os seus lixo na beira no mar e do rio o que tem agravado a cada dia a poluição na área e afetado as tartarugas marinhas que confundem o lixo com alimento e terminam morrendo sufocadas por sacos plásticos, garrafas pets e copos descartáveis que são levados ao mar.

Às autoridades municipais e estaduais cabe a fiscalização e implantação urgente de coletores em toda a extensão da praia, além da sinalização adequada principalmente com relação ao risco de afogamento já que o período de alta estação está chegando e “é melhor prevenir do que remediar já diz o velho ditado popular”.

Ana Neves

Jornalista