GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUÍDAS: sinal e semente de um novo tempo...

07/09/2011 15:11

Alder Júlio Ferreira Calado

A décima sétima edição do Grito dos Excluídos e Excluídas se dá num contexto sócio-histórico profundamente grave, e, por isso mesmo, ainda mais desafiador e instigante, a demandar dos protagonistas de um novo tempo - os "de baixo"! - uma enorme capacidade de discernimento, de criatividade, de ousadia e de paciência histórica: eis que, desde as "correntezas subterrâneas", vai irrompendo um novo sujeito histórico, enquanto o velho não cessa de emitir sinais de sua irrecuperável caducidade. 

O atual quadro mundial revela-se, com efeito, como nunca antes, em clara mudança de época. Multiplicam-se os sinais, por toda a parte. Cai por terra a presunçosa teoria fukuyamiana e de seus aliados do pretenso "fim da História". Os povos da África e do Oriente Médio seguem sinalizando, a despeito de suas fragilidades (por vezes, correndo o risco de confundir a expulsão do ditador com o fim da ditadura), que estão cansados de servir de massa de manobra para a manutenção dos privilégios dos setores dominantes dos países centrais do Capitalismo. 

Na América Latina e Caribe, há sinais promissores de uma nova efervescência alternativa à barbárie do Capital. Os estudantes chilenos, acompanhados pelos Trabalhadores e por outros movimentos populares, se rebelam, partindo do clamor por educação pública, em direção a horizontes alvissareiros de humanização. Não sendo uma ilha, o Brasil interage com todos esses sinais de vida, por meio das forças sociais que historicamente têm reunido as melhores condições de efetivos sujeitos de mudanças, desde que não se resignem à sedução dos apelos do Mercado e dos aparelhos de Estado,  mas sigam apostando firmemente em sua autonomia.   

Como se sabe, durante essa primeira semana de setembro, em diferentes partes do Brasil e para além de nossas fronteiras - vem-se realizando, pela 17a. edição, o GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUÍDAS, sob a inspiração do seu tema/lema: